Em mensagem distribuída a veículos de comunicação e entidades da sociedade civil no dia 6 de junho, o Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro fez apelo para que prossiga o acompanhamento das investigações sobre o seqüestro e tortura dos três integrantes da equipe de reportagem do Jornal O Dia. A entidade teme que a falta de cobertura sobre o caso colabore com a impunidade. Dois atos reforçaram a reivindicação de mais investigações e punição dos culpados. O Sindicato dos Jornalistas cobra da direção do jornal explicações sobre o Plano de Segurança para proteger as vítimas.
No dia 2 de junho, representantes de entidades da sociedade civil e políticos de vários partidos participaram de um ato público organizado pelo Sindicato dos Jornalistas do Rio em repúdio aos crimes cometidos contra a equipe do jornal O Dia, por integrantes de uma milícia, na favela do Bantam, O movimento ocorreu no dia em que se completavam 6 anos do assassinato do jornalista Tim Lopes. Além de pedir providências das autoridades competentes, os ativistas reforçaram o pedido de que as empresas jornalísticas garantam a segurança dos seus profissionais. A direção do jornal O Dia não compareceu.
Novo ato em repúdio à atuação das milícias no Rio de Janeiro ocorreu na sede da OAB/RJ, no dia 6 de junho, envolvendo entidades ligadas à imprensa e à advocacia brasileiras. Além de repudiar os acontecimentos e solidarizar-se com as vítimas, a OAB/RJ reivindicou “uma verdadeira segurança pública republicana, onde os direitos civis, sociais e políticos de toda a população fundamentalmente daqueles que estão em situação de maior vulnerabilidade e invisibilidade social sejam cumpridos integralmente”.
No apelo feito sexta-feira passada, o Sindicato do Rio considerou que “tirar o tema da contribui para que a impunidade premie os autores deste atentado ao Estado de Direito. É dever dos meios de comunicação desmascarar esses bandos paramilitares e a idéia absurda de que a paz social possa ser promovida pelo submundo”. A entidade informou que se reuniu com a direção do jornal O Dia para obter informações sobre a situação das vítimas. Os representantes da empresa informaram que a equipe passa bem, mas não deram detalhes sobre o plano para assegurar a integridade física e psicológica dos três agredidos.