O Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) repudiou, no dia 21 de maio, novos ataques que prejudicam jornalistas na cobertura de protestos. Na noite do dia 20, quando cobriam uma manifestação contra a realização da Copa no Brasil e o recente reajuste da passagem de ônibus na região metropolitana de Belém, além de serem hostilizados por manifestantes, profissionais de imprensa foram vitimas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta.
O protesto, que se iniciou na Praça da República, ganhou outros contornos quando aproximadamente 300 manifestantes seguiram até a Praça Amazonas, em frente ao local onde a Taça da Copa do Mundo estava exposta à visitação. Um grupo entrou no local e o evento terminou antes do previsto. Do lado de fora, ativistas mais exaltados atiraram pedras e paus na Polícia Militar, que usou spray de pimenta e gás lacrimogêneo para dispensar a manifestação.
“As substâncias acabaram atingindo e causando mal estar aos colegas de todas as emissoras como, cinegrafistas, auxiliares, repórteres e fotógrafos de jornais impressos. O mais grave de tudo é que nenhum desses trabalhadores usava qualquer tipo de equipamento de segurança, o que deveria ser garantido pelos donos dos veículos de comunicação”, destaca o Sindicato.
Na nota, a entidade manifestou respeito o direito de todos à opinião e o princípio da liberdade de expressão, mas condenou “a postura hostil de alguns que não representam o movimento” e a ação policial. O Sindicato dos Jornalistas do Pará solidarizou-se com os trabalhadores prejudicados, condenou o cerceamento ao trabalho dos jornalistas e ao direito da população à informação e reiterou a cobrança de garantias de segurança para o desempenho profissional junto ao poder público e às empresas.
