Sindicatos buscam avanços em campanhas salariais

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No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina as campanhas salariais dos jornalistas tiveram desfecho em setembro. Já no Paraná e em Pernambuco as negociações prosseguem. Veja ainda, informações sobre a assembléia conjunta que jornalistas, radialistas e gráficos realizam nesta terça-feira, o protesto do Sindicato pernambucano contra declarações de um deputado estadual e sobre a denúncia de agressão de um PM contra um jornalista no Pará.

RS e SC encerram negociações de 2007
No dia 25 de setembro foi fechada a convenção coletiva do Sindicato dos Jornalistas do RS com as entidades patronais. Ficaram estabelecidos os pisos salariais de R$ 1.220 para os profissionais que trabalham na Capital e de R$ 1.000 para os que atuam em veículos do Interior, reajuste de 3,57% para salários até R$ 4.500 e valor fixo de R$ 160,65 para quem ganha acima deste patamar.

Já em SC o acordo foi homologado pela Delegacia Regional do Trabalho no dia 19 de setembro. O piso salarial ficou em R$ 1.050,00 – um reajuste de 3.99% -, e os demais salários tiveram reposição de 3.44%. Os salários acima de R$ 5.001 (cinco mil e um centavo) receberam reajuste de R$ 172,00.

No PR proposta de patrões de Rádio e TV irrita a categoria
Com data-base em 1º de outubro, os jornalistas que atuam em Rádio e TV no Paraná receberam, no dia 27 de setembro, uma proposta aviltante do Sindicato das Empresas de Radiodifusão: quem atua no Interior do Estado passaria a ganhar até 40% menos que os demais profissionais. Os Sindicatos dos Jornalistas do Paraná e de Londrina apresentaram uma contra-proposta com 21 cláusulas, dentre as quais reajuste de 5% e aumento real de 9% escalonado em três anos. Nova rodada com os sindicatos patronais está agendada para dia 10 de outubro, às 14h, na DRT.

Negociações na campanha salarial de PE também estão difíceis
Mesmo após ver rechaçada sua proposta pífia de 3% de reajuste salarial e redução de conquistas dos jornalistas pernambucanos, os patrões dos jornais (Jornal do Commercio, Diário de Pernambuco e Folha de Pernambuco) a reapresentaram na rodada de negociações realizada dia 26 de setembro. A única novidade foi admitirem “a possibilidade de discutir” o piso salarial. Pernambuco é um dos poucos estados onde não existe um piso para a categoria.

Nova reunião está marcada para esta quinta-feira (04/10), na sede do departamento jurídico do Sindicato, quando também serão iniciadas as negociações relativas aos jornalistas de rádio e TV.

Jornalistas, radialistas e gráficos de Pernambuco podem paralisar no Sistema Folha
Os Sindicatos dos Jornalistas, Radialistas e Gráficos de Pernambuco realizam, nesta terça-feira (02/10), assembléia geral conjunta para deliberar sobre uma possível paralisação contra os sistemáticos atrasos de salário no Sistema Folha de Pernambuco. A assembléia será às 13h, no Sindicato dos Radialistas (Rua Capitão Lima, 40 – Santo Amaro – Recife). No início de setembro a Delegacia Regional do Trabalho autuou a Editora Folha de Pernambuco por descumprimento à legislação trabalhista.

Sindicato protesta contra declarações de parlamentar pernambucano
Em nota divulgada nesta segunda-feira (01/10), o Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco protestou contra as declarações do Presidente da CPI da Celpe (Centrais Elétricas de Pernambuco), o deputado estadual Sérgio Leite (PT/PE), emitidas na semana passada. A CPI investiga a privatização e reajustes da empresa. Num debate na CPI, o parlamentar considerou que a atuação da Comissão não tinha a devida cobertura da imprensa porque “alguns jornalistas estariam vendidos” à empresa. O Sindicato cobrou que o parlamentar tem a obrigação de revelar o nome de algum jornalista na situação que registrou, para que seja investigado. Para o Sindicato, ao generalizar uma acusação que até agora não revelou ser verdadeira, “O deputado incorre em crimes de injúria, calúnia e difamação contra uma categoria respeitada pela sociedade”. Para conhecer a íntegra da nota, clique aqui.

Jornalista sofre agressão em delegacia no sul do Pará
A FENAJ e o Sindicato dos Jornalistas do Pará encaminharam para ao comando da Polícia Militar, Secretarias de Segurança Pública e de Justiça e Direitos Humanos do estado, na semana passada, um pedido de explicações sobre o caso do jornalista Lourivan Gomes, presidente da Associação dos Profissionais de Comunicação do Sul do Pará (APCOM) e diretor do Jornal ‘A Notícia’, de Redenção, que, no dia 21 de setembro, quando estava no exercício de suas funções, foi agredido por um tenente da PM dentro da Delegacia de Polícia da cidade. O caso está sendo denunciado, também, ao Ministério da Justiça.