Em manifestação nesta terça-feira (23/03) em frente ao Fórum de Santana, na capital paulista, o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo denunciou a estagnação das negociações da campanha salarial dos jornalistas de rádio e TV porque os patrões se recusam a ampliar o pagamento da Participação nos Resultados (PPR). Veja, também, a repercussão da campanha salarial dos jornalistas de Mato Grosso na Câmara Municipal de Cuiabá, as denúncias do Sindicato da Bahia contra irregularidades no jornal A Tarde e a manifestação de repúdio do Sindicato de Roraima à censura contra dois profissionais.
A campanha salarial dos jornalistas em Rádio e TV de São Paulo já caminhava para um entendimento quando, no dia 18 de março, o Sindicato patronal comunicou ao Sindicato dos Jornalistas que recusava a contraproposta da categoria de aumentar em 10% as faixas do abono/PPR e sequer propôs data para a continuidade das negociações.
Nesta terça-feira o Sindicato dos Jornalistas distribuiu o jornalMural em frente ao Fórum de Santana, onde grande contingente de profissionais de Rádio e TV – além de outros veículos – realizam a cobertura do caso do assassinato da menina Isabela Nardoni. Apontando que os veículos de comunicação tiveram excelente faturamento em 2009 – e a expectativa é a de que isso também ocorra em 2010, em função da Copa do Mundo de futebol e das Eleições 2010 – o Sindicato criticou que, comandadas pelas TVs Globo e Record, as empresas não aceitam melhorar os vencimentos dos jornalistas.
Campanha salarial dos jornalistas de Mato Grosso repercute na Câmara de Cuiabá
A Campanha Salarial 2010 do Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor-MT), foi tratada na Tribuna Livre da Câmara de Vereadores de Cuiabá. No dia 18 de março a tesoureira do Sindicato, Alcione dos Anjos, abordou a luta dos trabalhadores em jornalismo no Estado por melhores condições de trabalho, destacando a campanha deste ano, que tem o slogan “15 anos sem piso, sem direitos, sem dignidade e agora…. sem diploma”. Convocado para a primeira rodada de negociações, prevista para o dia 4 de março, o patronato não compareceu.
Sindicato da Bahia denuncia à SRTE irregularidades no jornal A Tarde
Após ouvir os relatos da direção do Sindicato dos Jornalistas da Bahia sobre a grave situação do Jornal A Tarde, superintendente de Emprego e Trabalho no estado, Isa Simões, comprometeu-se em chamar a direção da empresa para uma reunião. Os jornalistas de A tarde amargam excessiva jornada de horas extras – por imposição da empresa alguns profissionais chegam a trabalhar 12 horas diárias – e estão sendo forçados a abrirem mão do direito de propriedade intelectual através de um documento individual de alteração contratual.
Censura e agressões preocupam jornalistas em Roraima
Em nota emitida no dia 18 de março o Sindicato dos Jornalistas de Roraima solidarizou-se com os colegas Amilcar Júnior, do jornal Monte Roraima, e Andrezza Trajano, do jornal Folha de Boa Vista, e repudiou a censura que os dois profissionais vêm sofrendo. Amilcar Júnior foi vítima de uma tentativa de assassinato. Na madrugada do dia 7 de março, em frente à sua casa, desconhecidos atiraram duas vezes em sua direção. O jornalista também vem sofrendo ameaças por telefone e teve seu apartamento invadido e revirado. E a jornalista Andrezza Trajano está sendo processada pelo PSDB por ter publicado em seu Twitter, críticas sobre a administração estadual e o governador Anchieta Júnior.