Sul e Sudeste discutem jornalismo de imagem

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Representantes de Sindicatos e Associações de Repórteres Fotográficos das regiões Sul e Sudeste, reunidos em São Paulo, no dia 20 de maio, definiram suas propostas para o IV Encontro Nacional de Jornalistas de Imagem (Enji) e para o 32º Congresso Nacional dos Jornalistas. Diretores da FENAJ prestigiaram o encontro. Preocupações com a formação específica, a tramitação do PLC 79/04 – que amplia funções na regulamentação da categoria -, o registro para o exercício da profissão e a violência contra os profissionais centralizaram os debates.

No IV ENJI, que também será realizado em Ouro Preto, no dia 5 de julho, serão discutidos temas como o futuro do jornalista de Imagem, a formação acadêmica do jornalista de imagem e a organização da categoria a nível nacional. O trâmite do PLC 79/04, que aguarda votação no Senado, vem sendo acompanhado com grande expectativa pelo segmento, pois suas funções ainda não são consagradas na regulamentação dos Jornalistas. A aprovação do projeto é vista como uma conquista fundamental para superar problemas que os profissionais enfrentam atualmente.

No encontro de São Paulo reafirmou-se a exigência da formação universitária em nível de graduação, para o exercício das funções específicas do jornalismo de imagem, conforme consta do PLC 79/04. No período de transição, até a aprovação e regulamentação do projeto, propõe-se a realização de prova de conhecimento profissional, exigência de formação em 2o grau e que aqueles que pretendem solicitar o registro o façam obrigatoriamente na base sindical em que estejam domiciliados.

Também quanto à formação profissional, foi aprovada recomendação para que a FENAJ reivindique ao MEC que os currículos contemplem de forma mais qualificada o ensino para a formação dos jornalistas de imagem em todas as funções deste segmento (repórter fotográfico, repórter cinematográfico, diagramador e ilustrador), e que a entidade seja reconhecida como representante da categoria, enquanto não for aprovado o CFJ, na avaliação da qualidade dos cursos de jornalismo com vistas ao seu reconhecimento e melhoria.

A reunião constatou, ainda, que os jornalistas, em especial os repórteres-fotográficos e cinematográficos, têm sido alvos constantes de violências. Além de denunciar e repudiar esta situação, os presentes decidiram solicitar à FENAJ e Sindicatos que priorizem esta como uma das principais lutas da categoria, além de tomar as medidas judiciais cabíveis.