O vigor do Dia Internacional do Trabalhador como momento de luta se fez sentir em todo o mundo. Protestos marcaram a data em diversos países. Atividades desenvolvidas na Europa e Estados Unidos ganharam destaque. No Brasil, a CUT e a Força Sindical realizaram atos em São Paulo. A FENAJ emitiu nota oficial sobre o 1º de Maio.
Agências internacionais de notícias destacaram movimentos como nas Filipinas, onde manifestantes exigiam melhores salários e redução no preço de combustíveis, e na Indonésia – onde, mesmo não sendo feriado, muitas empresas ficaram fechadas e trabalhadores protestaram contra mudanças na legislação trabalhista.
Já na Europa, os destaques foram manifestações em Londres contra cortes de empregos, na Alemanha, onde os protestos foram contra possíveis reformas em direitos sociais, e na França, onde sindicatos organizaram dezenas de protestos por segurança no emprego. E nos Estados Unidos as atenções voltaram-se para o movimento “Um dia sem imigrantes”, com manifestações de milhares de pessoas contra o recrudescimento das leis de imigração no país. Estima-se que mais de 11 milhões de imigrantes vivem ilegalmente nos EUA.
1º de Maio à brasileira
Já no Brasil, as atividades organizadas por duas das principais centrais – CUT e Força Sindical – mesclaram comemorações e protestos. Em ano eleitoral, a tônica dos discursos dos principais dirigentes sindicais foi a política econômica do governo e a situação do país com as denúncias de corrupção.
Shows musicais e sorteios à parte, mereceu destaque a avaliação do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, de que o governo ainda pode gerar mais 5 milhões de emprego com carteira assinada até o final do ano. O ministro afirmou, ainda, que o governo pretende fazer andar as reformas sindical e trabalhista, encaminhando os “pontos consensuais” entre as entidades que participaram do Fórum Nacional do Trabalho através de Medida Provisória. Trata-se de uma mini-reforma que, certamente, provocará muita polêmica. A FENAJ tem posição contrária à proposta de reforma trabalhista do governo.