9º Encontro do FNPJ e cursos seqüenciais na pauta dos jornalistas

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De 28 a 30 de abril, em Campos dos Goytacazes (RJ), será realizado o 9º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo. Promovido pelo FNPJ, com apoio da FENAJ, o evento está com inscrições abertas para trabalhos até o dia 12 de fevereiro. Antecedendo o Encontro, a FENAJ promove o 5º Pré-Fórum, que avaliará seu programa de qualidade de ensino. No dia 19 de janeiro, o Tribunal Regional Federal da 5º Região (TRF5) suspendeu decisão que concedia direito a registro profissional de jornalista a formados em curso seqüencial da Universidade Gama Filho (UGF) no Ceará.

Quem pretende inscrever trabalhos no 9º Encontro do FNPJ, que terá como tema central as “Novas Tendências no Ensino de Jornalismo”, deve acessar a página do Fórum. Clicando em Grupos de Trabalho será possível escolher o GT que queira participar e remeter seu texto diretamente ao Coordenador do GT. A seleção e aceitação dos textos aprovados acontecerá até o dia 5 de março. Quem quiser somente participar das discussões deve apenas se inscrever no 9º FNPJ.

Durante o 9º Encontro Nacional do FNPJ, haverá eleição para renovação da direção da entidade no dia 29 de abril. O edital de convocação das eleições, bem como procedimentos para inscrições ao Encontro podem ser acessados na página da entidade (www.fnpj.org.br).

Qualidade de ensino em debate no Pré-Fórum
Já o 5º Pré-Forum, que ocorre dia 28 de abril, das 14h às 17h, discutirá o” Programa Nacional de Estímulo à Qualidade do Ensi_o em Jornalismo” da FENAJ. Adotado como referência por entidades da área da comunicação e do campo do jornalismo, este programa elaborado pela Federação para contribuir com a qualificação da formação profissional do jornalista completará 10 anos em 2007. O debate busca avaliar sua formulação e implantação, bem como analisar contribuições para seu aperfeiçoamento.
Serão debatedores Celso Schröder – secretário-geral da FENAJ e professor da PUCRS, Juliano Carvalho – diretor regional Sudeste do FNPJ e professor da UNESP, Edson Spenthof – diretor regional Centro-Oeste do FNPJ e professor da UFG, com mediação de Suzana Tatagiba – diretora de Educação da FENAJ e professora (ES).

Programação do 9º Encontro Nacional do FNPJ
28/04 – sexta-feira
09h – Oficina ANDI – “Análise de Conteúdo da Pauta Social da Imprensa Brasileira”
10h – Workshop “Jornalismo no Comunique-se”
14 às 17h – Pré-Fórum da FENAJ “Programa Nacional de Estímulo à Qualidade de Ensino da FENAJ – Avaliando os 10 anos de formulação, implantação e contribuição à formação profissional do Jornalista”
20h – Abertura
20:30h – Conferência “Novas Tendências do Ensino de Jornalismo”, com o Prof. Dr. Eduardo Meditsch

29/04 – Sábado
09:30h – Workshop “Método Paulo Freire e o Ensino de Jornalismo”, com o Prof. Dr. Venício Lima
14h – Grupos de Trabalho
– Pesquisa na Graduação – Prof. Luiz Martins (UnB)
– Projetos Pedagógicos – Profa Sandra Freitas (PUC Minas)
– Produtos Laboratoriais – Eletrônicos – Prof. Juliano Carvalho (UNESP)
– Produtos Laboratoriais – Impressos – Profa. Carmem Pereira (Uni-Carioca)
– Atividades de Extensão – Profa. Sandra de Deus (UFRGS)

30/04 – Domingo
09h – Grupos de Trabalho
14h – Relato dos Grupos
16h – Plenária
17h – Assembléia

Entrevistas da FENAJ
Gerson Martins, presidente do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo será o próximo convidado do Entrevistas da FENAJ. Ele abordará os preparativos para o 9o Encontro Nacional do FNPJ. Quem quiser participar pode encaminhar perguntas para boletim@fenaj.org.br até as 18 horas de terça-feira, 14 de fevereiro.

Negado direito a registro para formados em curso seqüencial
No dia 19 de janeiro, o desembargador federal convocado Frederico Pinto de Azevedo, do TRF da 5º Região, suspendeu os efeitos da decisão do juiz federal substituto Leopoldo Fontenele Teixeira, da 7º Vara do Ceará, que permitia a formados em curso seqüencial da Universidade Gama Filho (UGF) naquele estado requererem registro profissional de jornalista. Ao contrário do juiz da 7º Vara do Ceará, que interpretou que a legislação profissional dos jornalistas exige diploma em curso superior, e não de graduação – o que validaria o diploma de curso seqüencial, o juiz Frederico Azevedo considerou que o Decreto Lei nº 972/69 e o Decreto nº 83284/79, foram editados em um período onde não existiam cursos seqüenciais. Portanto, não existe equiparação entre cursos seqüenciais e cursos de graduação.

Em 2001, por pressão da FENAJ e de diversas entidades de categorias com regulamentação profissional, o MEC editou portaria proibindo cursos seqüenciais nestas áreas, pois os mesmos não têm tempo necessário de formação. Tal portaria proibiu, também, que cursos seqüenciais tivessem a mesma titulação de profissões regulamentadas, pois eles não dão direito a registro profissional. Já na época a FENAJ alertou os estudantes e faculdades quanto ao fato.

Tal decisão do juiz do TRF5 confirma a posição que a FENAJ e outras entidades do campo do Jornalismo defendem. No dia 22 de dezembro, a Federação cobrou, mais uma vez, providências ao MEC para a suspensão do curso seqüencial de Jornalismo oferecido pela UEMA (Centro de Estudos Superiores de Imperatriz – MA). A entidade sustenta que a continuidade da oferta de cursos seqüenciais desmoraliza o esforço que o Ministério desenvolve para qualificar o ensino de jornalismo, bem como agride a legislação e a ética profissional.