A campanha salarial dos jornalistas de São Paulo começa a ganhar novos contornos. Para o segmento de rádio e TV, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo entrou com pedido de Dissídio Coletivo na Justiça do Trabalho, visando assegurar a data-base de 1o de dezembro. O sindicato patronal de Rádio e TV foi o único que não aceitou assegurar a data-base e vem dificultando as negociações.
Na sexta-feira, dia 14, houve nova rodada de negociações com o segmento de Rádio e TV, com a participação do presidente da FENAJ, Sérgio Murillo. “Viemos trazer o apoio da nossa Federação ao sindicato de São Paulo, colocando-nos à disposição para o que for necessário. A campanha de São Paulo é importante para os demais sindicatos do país. Infelizmente, em todos os estados o segmento de Rádio e TV é o que mais emperra as negociações salariais”, disse.
A Comissão de negociação dos jornalistas apresentou reivindicação de 17,06% de reajuste, mais abono de 35% oferecido pelo patronato anteriormente. Os representantes das empresas, no entanto, mostraram-se novamente irredutíveis. Outra rodada de negociação ficou agendada para o dia 27 de janeiro.
Já quanto aos jornais e revistas da capital, o patronato rejeitou a reivindicação dos trabalhadores, de um reajuste salarial linear de 10%. Em sua contraproposta, apresentaram duas alternativas: reajuste de 5,8% para todos e uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de R$ 317,40 a ser pago na folha de setembro de 2005; reajuste de 6,5% para os salários até R$ 6.390,00 e abono de R$ 415,35 para os salários superiores a este valor, com uma PLR de R$ 319,50.
Nesta terça-feira (18/01), a categoria terá duas assembléias de avaliação das propostas patronais e na quinta (20/01), haverá nova rodada de negociação com os representantes patronais de jornais e revistas.
Em São Paulo já foi celebrado Acordo Coletivo de Trabalho para os segmentos de Jornais e Revistas do Interior e de Assessoria de Imprensa/Comunicação. Este último teve sua data-base alterada para 1o de outubro.