Dois jornalistas assassinados na Colômbia

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FENAJ lamenta e se soma à Fecolper e à FIJ para pedir investigação exaustiva

Crédito: facebook @LeinerDj e @LiaContrerasOficial

Os jornalistas Dilia Contreras Cantillo e Leiner Montero Ortega foram assassinados na madrugada deste domingo, 28, em uma rodovia do município de Fundación, depois de fazer a cobertura jornalística da festa em louvor a Santa Rosa de Lima. Os dois foram alvejados por uma dupla que estava em uma motocicleta. Um terceiro ocupante do veículo, Joaquín Alberto Gutiérrez Marín, também foi ferido, mas sobreviveu.

Leiner tinha 38 anos, era diretor  da rádio Sol Digital Stereo e mantinha o portal Leiner Montero Historias. Dilia Contreras, 39 anos, trabalhava na mesma rádio, onde dirigia o programa La Bocina Col.

A Federação Colombiana de Jornalistas (Fecolper) e a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) repudiaram o duplo assasinato e pediram às autoridades uma investigação exaustiva, para que não haja impunidade.

As duas entidades sindicais dos jornalistas ressaltaram que não se pode descartar a vinculação do crime com a atividade jornalística. A polícia trabalha com três linhas de investigação.

México

O duplo assassinato foi o primeiro caso de violência extrema contra jornalistas colombianos neste ano. Mas a violência contra jornalistas na América Latina, incluindo o Brasil, é muito preocupante, com o México ocupando o posto de país com maior número de assassinatos. Neste ano, 16 profissionais já perderam a vida em razão de seu trabalho.

O último assassinato ocorreu no dia 22 de agosto. O jornalista Fredid Román foi assassinado em Chilpancingo, capital do estado sulista de Guerrero. Testemunhas relataram que, por volta das 16h40, na rua Prolongación Valerio Trujano, homens armados abriram fogo contra Fredid, quando ele entrava em seu carro, depois de sair de seu escritório. Ele havia escrito sua coluna na qual discutia as últimas informações sobre as investigações e prisões em torno do desaparecimento dos 43 alunos da escola normal de Ayotzinapa.