O Sindicato dos Jornalistas do Ceará (Sindjorce) e a FENAJ repudiaram, no dia 7 de maio, as demissões em massa ocorridas nas TVs Ceará e Diário. Pelo menos 70 pessoas foram demitidas, entre jornalistas, radialistas e trabalhadores de outras categorias, sendo 20 na emissora do Governo do Estado (Canal 5) e 50 na empresa do Sistema Verdes Mares (Canal 22). Também em Minas Gerais mais de 50 profissionais da Rede Minas de Televisão foram demitidos. O Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais reúne-se com autoridades estaduais na próxima semana para buscar soluções. Segundo informações da base, os desligamentos na TV Diário foram motivados pelo cancelamento de nove programas: “M. de Moda”, “Ao som da viola”, “Ação e Reação”, “Encontro Marcado com Egídio Serpa”, “Teveneno”, “Zoeira”, “Vaquejada”, “Questão Aberta” e “Tarde Livre”. Cinco jornalistas foram dispensados. O motivo alegado foi a “readequação da programação para atender ao público”. Na TVC, as demissões ocorreram em vários departamentos, não apenas na redação. O motivo alegado foi o excesso de funcionários terceirizados. Pelo menos um repórter, um editor de imagem e um cinegrafista foram dispensados. Comenta-se que uma empresa terceirizada faliu e houve dificuldade em pagar os profissionais contratados. Apesar da situação, o Estado não cogita realizar concurso público para preencher vagas na emissora. As demissões acontecem em meio à Campanha Salarial 2013 do segmento de mídia eletrônica. O Sindjorce e a FENAJ manifestaram solidariedade aos profissionais dispensados sem justa causa, repudiaram a medida ofensiva aos trabalhadores e aos interesses do público. A assessoria jurídica do Sindjorce já foi acionada para assegurar os direitos dos jornalistas demitidos. Demissões na TV Minas A emissora demitiu no dia 2 de maio 50 profissionais não concursados das áreas de jornalismo, produção, programação e administração. Em nota, a direção da empresa alega que está fazendo mudanças na estrutura de cargos, seguindo critérios técnicos e funcionais, visando reduzir custos do Estado. A TV mantinha no quadro 400 profissionais não concursados, o que contraria as exigências do Ministério Público, que determina o preenchimento das vagas por intermédio de concurso público. Tramita na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) o Projeto de Lei 3252/2012, de autoria do Governo de Minas, que dará nova estrutura de cargos e funções à Fundação TV Minas (FTVM), por meio de concurso público. Segundo colaboradores, as demissões podem comprometer a programação da emissora, que é detentora de diversos prêmios nacionais e regionais, pelo fomento de educação e cultura. ATV Minas é considerada o maior pólo de produção televisiva do Estado e representa expressivamente a produção de conteúdos para a TV Brasil, fornecendo programas culturais que são exibidos em rede nacional. Com informações do Sindjorce e do SJPMG
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