FELAP denuncia assassinatos de jornalistas latinoamericanos

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A Federación Latinoamericana de Periodistas (FELAP) denunciou, em recente comunicação do Secretário Executivo da Comissão Investigadora de Atentados a Jornalistas da FELAP, Ernesto Carmona, o assassinato de 16 jornalistas nos primeiros nove meses deste ano. Quatro jornalistas foram executados no México (Roberto Javier Vargas Mora, Francisco Javier Ortiz Franco, Francisco Arratia Saldierna, Leodegario Aguilar Lucas), três no Brasil (Samuel Romã, José Carlos Araújo, Jorge Lourenço dos Santos), dois na Colômbia (Oscar Alberto Polanco Herrera, Martí­n La Rotta Duarte), dois no Peru (Antonio de la Torre Echeandí­a, Alberto Rivera Fernández) e um na Nicarágua (Carlos Guadamuz Portillo), Haiti (Ricardo Ortega), Venezuela (Mauro Marcano), República Dominicana (Juan Andújar ) e Guatemala (Miguel íngel Morales). Na maioria dos casos se trata de jornalistas que investigavam excessos do poder local, ví­nculos polí­ticos e econômicos do narcotráfico e corrupção estatal.

Sete ví­timas trabalhavam em rádios de proví­ncias, quatro em jornais e revistas locais, dois em televisão, um era dirigente sindical e outro era correspondente de um jornal da capital e comentarista de uma rádio local. O único que não pertencia à região é o repórter Ricardo Ortega, enviado especial de uma emissora de televisão espanhola, assassinado no Haiti.

Em 2003, vinte jornalistas foram mortos na América Latina e Caribe. Segundo a FELAP, mais de cinqüenta assassinatos de jornalistas estão impunes desde 1995.