O repórter fotográfico Alberto Augusto, da Folha Metropolitana de Guarulhos, foi agredido na quarta-feira (16/05) durante uma operação de interdição deflagrada pela Vigilância Sanitária do município. Beto, como é conhecido na cidade, está impossibilitado de trabalhar. O fotógrafo foi destacado para a pauta no bairro do Monte Carmelo e cumpria sua função de registrar a ação dos agentes no estabelecimento SuperBoi, naquela cidade. Durante a operação, um dos funcionários do açougue tentou pegar à força a câmera do repórter fotográfico. A presença da polícia civil não foi o bastante para conter a fúria do açougueiro e encorajou outros funcionários a participarem das agressões. A violência ocorreu na presença de policiais da delegacia do Meio Ambiente, ou seja, ante quem deveria garantir a segurança dos agentes sanitários, mas também do repórter fotográfico no exercício de seu trabalho. Equipe ameaçada por supostos perueiros O repórter do jornal estava perto da quadra R, conjunto 7, do cemitério, quando foi interpelado por quatro pessoas, em tom agressivo. Eles queriam saber “das imagens” e disseram para o jornalista “respeitar a dor da família”. Em outro ponto do cemitério, quando o fotógrafo começou a registrar, à distância, o início do enterro, foi interpelado por um homem, que se disse da família da mulher da vítima, e pediu para que parasse de fotografar. Foi atendido. Mas, 20minutos depois, sete homens localizaram e rodearam o fotógrafo, ameaçando-o de violência física e até de morte. Exigiram que ele lhes entregasse a câmera, o que foi negado. Diante do impasse, que durou vários minutos, o fotógrafo convenceu o bando a levar apenas o cartão de memória da câmera, que registra as imagens. O homem que roubou o cartão é o mesmo que, antes, havia ameaçado o repórter. O grupo começou a se dispersar depois que o repórter do DG chamou a polícia. O homem que roubou o chip fugiu numa van com uma tarja verde na lateral. Outros dois saíram do cemitério a pé. A equipe do jornal registrou boletim de ocorrência no2º DP (Vila Galvão) por roubo, ameaça física e coação de atividade profissional. A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo repudiam a agressão covarde aos repórteres e se colocam à disposição dos profissionais para as medidas judiciais cabíveis contra os agressores. Fonte: site do SJSP
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