A FENAJ participará do Grupo de Trabalho criado pelo Ministério do Trabalho para discutir a regulamentação profissional dos Jornalistas. Mas não abrirá mãos das conquistas e da atualização da legislação sobre direitos da categoria. A decisão foi tomada em reunião da Executiva da entidade, realizada dia 1º de agosto. A primeira reunião do GT será nesta quarta-feira (09/08).
A criação do Grupo de Trabalho foi proposta pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, em função da posição do governo de veto total ao Projeto de Lei Complementar 079/04, que havia sido aprovado na Câmara dos Deputados e Senado. Com composição tripartite (representantes do governo, empresários e trabalhadores), o GT, que se reunirá em Brasília às 16 horas desta quarta-feira, buscará, segundo a proposta do ministro, consensuar uma proposta sobre a regulamentação profissional dos jornalistas em 90 dias.
Na reunião da Executiva da FENAJ, foram definidos os representantes da categoria para este debate. Os titulares serão Sérgio Murillo de Andrade, presidente da entidade, o presidente do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais e 1º Secretário da FENAJ, Aloísio Lopes, a tesoureira da Federação e diretora do Sindicato dos Jornalistas de Goiás, Maria José Braga, o diretor da Federação e presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, José Augusto Camargo, e o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, Romário Schettino. Como suplentes foram indicados o ex-presidente da Federação, Washington Mello, o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, José Carlos Torves, e o Secretário Geral da FENAJ, Celso Schröder.
Protestos prosseguem
O Sindicato dos Jornalistas de Sergipe lançou nota de protesto ao governo Lula pelo veto ao PLC 079/04, que atualiza a regulamentação profissional da categoria. Crítica à posição do governo, que cedeu às pressões dos empresários de comunicação, a nota lançada no dia 28 de julho reafirma o compromisso da entidade de prosseguir com o movimento.
“O Sindicato dos Jornalistas no Estado de Sergipe, toda a categoria dos trabalhadores por ele representado e a FENAJ vão continuar defendendo a regulamentação profissional, a exigência da formação de nível superior em Jornalismo para o exercício da profissão, a criação de um conselho profissional e uma comunicação de massa democrática, plural, que respeite a liberdade, a ética, os direitos humanos, contribuindo para uma sociedade mais livre, justa e solidária”, diz o documento.