FIJ apoia mobilização global em 8 de outubro para libertar Julian Assange

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No Brasil, a FENAJ e Sindicatos de Jornalistas se somam a diversas organizações nos atos que serão realizados na sexta-feira (7/10), em frente aos consulados do Reino Unido

No próximo sábado, dia 8 de outubro, às 13h, uma corrente humana cercará as Casas do Parlamento em Londres, Reino Unido, para se opor à extradição de Julian Assange, fundador do Wikileaks, e instar o governo dos EUA a retirar todas as acusações contra dele. A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) convoca sindicatos de jornalistas, organizações de liberdade de imprensa e jornalistas a se mobilizarem e expressarem sua solidariedade.

Mais de 3.600 pessoas formarão uma corrente humana para exigir a liberdade de Assange. Membros do sindicato filiado à FIJ no Reino Unido, o National Union of Journalists (NUJ), participarão da manifestação. “A criminalização do jornalismo investigativo possibilita qualquer outro tipo de repressão. Se um número suficiente de nós se reunir para cercar o Parlamento em algumas semanas, esse processo pode ser interrompido”, diz um comunicado do NUJ publicado para a ocasião.

O protesto em torno do Parlamento britânico, organizado pela campanha Don’t Extradite Assange, criará um vasto símbolo visual da determinação do povo em proteger a liberdade de expressão. No mesmo dia, ações de solidariedade com o fundador do WikiLeaks estão planejadas em todo o mundo.

No Brasil, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e Sindicatos de Jornalistas se somam a diversas organizações nos atos que serão realizados na sexta-feira (7/10), em frente à embaixada e aos consulados do Reino Unido em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. No sábado (8/10), às 9h de Brasília (13h de Londres:) acontecerá o tuitaço internacional #FreeAssangeNOW, repercutindo as ações do dia 7 e a ação em Londres no dia 8 de outubro.

Na França, um encontro para se opor à extradição de Assange e defender a liberdade de imprensa será organizado pelo Comitê de Apoio a Assange e pelas 37 organizações que assinaram o ‘Apelo de Paris por Julian Assange’, incluindo as afiliadas francesas, Syndicat national des journalistes CGT (SNJ-CGT ) e o Sindicato Nacional dos Jornalistas (SNJ). Jornalistas, sindicalistas e líderes de associações se reunirão na Statue Liberte Ile Aux Cygnes no 15º arrondissement às 14h.

Nos Estados Unidos, o Comitê de Defesa de Assange realizará um comício no Departamento de Justiça em Washington DC, pedindo ao procurador-geral Merrick Garland que retire as acusações contra Assange às 12h. Outros comícios serão organizados nos EUA.

Na Austrália, país de origem de Assange, várias ações estão planejadas, incluindo a formação de uma corrente humana a partir de Princes Bridge, Southbank, em Melbourne, às 11h.

Além disso, mais de vinte ações ocorrerão ao redor do globo para exigir a libertação de Assange, desde uma corrente humana em torno do Parlamento em Wellington, na Nova Zelândia, até uma marcha que irá da embaixada do Reino Unido à embaixada dos EUA no México DF.

A FIJ está seriamente preocupada com o impacto da detenção contínua de Assange sobre a liberdade de imprensa e os direitos de todos os jornalistas em todo o mundo. Por isso, lançou uma campanha global pedindo ao governo dos EUA que retire todas as acusações contra ele e pedindo a todos os sindicatos da mídia e organizações de liberdade de imprensa que incitem seus governos a garantir a libertação de Assange. Independentemente das opiniões pessoais, sua extradição terá um efeito assustador, com todos os jornalistas e trabalhadores da mídia em risco.

A presidente da FIJ, Dominique Pradalié, disse: “A decisão do Ministro do Interior do Reino Unido de permitir a extradição de Julian Assange foi vingativa e um verdadeiro golpe para a liberdade da mídia. Todos os jornalistas devem apoiar Julian Assange, que permitiu que eles revelassem crimes de guerra do exército dos EUA no Iraque e Afeganistão. 8 de outubro é hora de mobilizar e expressar solidariedade para defender a liberdade de Assange, bem como o direito de todos saberem”.

Se você deseja apoiar a chamada para libertar Assange: 

  • Baixe este visual para expressar solidariedade nas redes sociais.
  • Use as hashtags #FreeAssangeNOW #humanchain #dropthecharges e marque as contas @DEAcampaign e @WikiLeaks para mais visibilidade.