A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) cobrou, em comunicado, garantias de segurança para os profissionais da imprensa que trabalham na cobertura da Copa do Mundo. Em documento publicado no dia 25 de junho na página da entidade na internet, a FIJ pediu à Federação Internacional de Futebol (Fifa) que tome medidas para proteção dos 4 mil jornalistas que estão na África do Sul. “O sucesso deste evento é em parte devido ao trabalho dos jornalistas e da mídia. Eles merecem proteção em vez de ameaças e violência”, declarou o secretário geral da FIJ, Aidan White.
O apelo da FIJ foi feito dias depois da divulgação de duas notícias de ameaças a jornalistas que atuam na cobertura do Mundial. Na segunda-feira (21), o repórter Jean Robert Fouda sofreu ameaças do jogador da seleção camaronesa Alexandre Song. Song alega que Fouda noticiou falsas informações a seu respeito. Na terça, a jornalista argelina Asma Halimi foi agredida com um tapa pelo jogador Rafik Saïfi, também argelino. A agressão teria sido motivada por um artigo que ela escreveu sobre o jogador.
“Como os jogadores, os treinadores e o pessoal administrativo, os jornalistas são importantes na Copa do Mundo, pois tem a responsabilidade de informar o público dos desdobramentos da competição. Por esta razão, a sua segurança deve ser garantida”, complementou White.
Horas depois da divulgação do apelo, um novo caso de violência contra a imprensa foi divulgado por agências internacionais de notícias. Um ônibus que transportava jornalistas espanhóis foi apedrejado enquanto trafegava em uma área próxima da cidade de Potchefstroom. O incidente ocorreu após o jogo entre Espanha e Chile, disputado em Pretória. Ninguém ficou ferido.
Jornalistas brasileiros já foram vítima de um assalto na África do Sul. Três profissionais do jornal Folha de S.Paulo e um do portal Terra foram roubados no hotel em que se hospedavam em Joanesburgo.
Fonte: Agência Brasil