FIJ publica 32º relatório anual sobre jornalistas e trabalhadores da mídia mortos em 2022

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A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) publicou ontem (6/02) seu relatório anual completo sobre jornalistas e trabalhadores da mídia assassinados em 2022. A publicação documenta 68 assassinatos de profissionais da mídia, incluindo ataques direcionados, atentados a bomba e incidentes mortais em fogo cruzado. Houve também 11 mortes por acidentes e doenças.

A lista de perdas e tragédias do jornalismo em 2022 é encabeçada pela contagem de mortos na Ucrânia, onde 12 jornalistas e outros profissionais da mídia foram mortos , seguido pelo México (11), Haiti (7), Paquistão (5), e Colômbia e o Filipinas com 4 mortes cada.

A FIJ afirma que a falta de ação e vontade política para enfrentar a impunidade por crimes cometidos contra jornalistas contribui para a atual crise de segurança da mídia. Por isso, exige a adoção de uma Convenção Internacional nas Nações Unidas dedicada à proteção de jornalistas e profissionais da mídia.

“Esta publicação não é apenas sobre os níveis de violência dirigidos contra jornalistas e outros trabalhadores da mídia, indicados pelo grande número de ataques contra eles, mas também sobre as causas subjacentes”, disse o secretário-geral da FIJ, Anthony Bellanger. “Os detalhes contidos neste relatório servem para documentar as ameaças, os atos reais de violência e a cultura de impunidade, responsáveis ​​pela persistente crise de segurança no setor jornalístico”, acrescentou.

O relatório final da Federação lista os nomes de 375 jornalistas e trabalhadores da mídia atualmente presos, um novo recorde desde que a FIJ começou a publicar listas de jornalistas presos há dois anos para marcar o Dia Internacional dos Direitos Humanos. A China e seu governo aliado de Hong Kong lideram a lista com 84 jornalistas presos, à frente de Mianmar (64), Turquia (51), Irã (34) e Belarus (33).

Baixe o relatório completo aqui