![]() Os juízes da 3ª Turma do STJ, de acordo com a notícia divulgada pelo jornal Valor Econômico na segunda-feira (20 de maio), entenderam também que “múltiplas negociações” entre o JB e as diversas firmas de Tanure tinham “manifesto intuito de fraudar a execução (da dívida)”. Ao empresário que fechou um dos principais periódicos da história do Brasil, resta recorrer antes que o término dessa novela chegue ao fim numa derradeira martelada do Judiciário. Pelo veredito do STJ, a documentação juntada aos autos demonstra que Companhia Brasileira de Multimídia, Editora JB S/A, JB Online Ltda. e JB Comercial S/A são todas firmas controladas por Docas Investimentos S/A e integrantes do conglomerado de empresas de Nelson Tanure. Há confusão entre essas companhias, já que possuem sedes no mesmo endereço e identidade de sócios. A decisão do STJ ratifica uma anterior do Tribunal de Justiça do Estado do Rio e representa mais um golpe sobre Nelson Tanure, embora não beneficie diretamente os jornalistas que aguardam receber por anos de trabalho no Jornal do Brasil. Desde 2001 o empresário aprontou poucas e boas na comunicação nacional. Além do Jornal do Brasil, extinto em sua versão impressa em 2010, Tanure descontinuou a publicação Gazeta Mercantil – sem qualquer negociação com a representação dos 60 jornalistas que atuavam por lá. Este periódico, administrado pelo empresário baiano desde 2003, tem dívidas trabalhistas que – já naquela época – somavam mais de R$ 200 milhões. Sobre isso, Tanure repetia a mesma deixa: quem deve arcar com isso é o antigo dono. Mais recentemente, em fevereiro de 2012, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio venceu embate jurídico contra o empresário. O processo, na 47º Vara do Trabalho, buscava depósitos de FGTS não efetuados a jornalistas que fizeram parte da redação do JB antes de 2002. LEIA MAIS: Reconhecida sucessão do Grupo JB por empresas de Tanure (assessoria STJ) Fonte: Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro
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