Monitoramento de jornalistas pelo governo ameaça liberdade de imprensa, diz presidente da FENAJ

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Em relatório encomendado pelo governo federal, jornalistas e influenciadores nas redes sociais foram classificados como detratores, neutros informativos e favoráveis ao governo.

O Partido Verde entrou com uma ação no STF, questionando o monitoramento de jornalistas pelo governo federal, pela Secretaria de Governo (Segov) e pela Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República.

De acordo com o partido, o monitoramento causa grave lesão ao preceito da liberdade de expressão, da manifestação do pensamento e do livre exercício profissional.

A presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Maria José Braga, em entrevista à Sputnik Brasil, afirmou que medida do Partido Verde auxilia o debate e auxilia a pressão junto ao governo federal para que seja esclarecida a situação e o governo “apresente os motivos pelos quais tomou esta iniciativa, inclusive com altos recursos financeiros implicados para a contratação de uma empresa para fazer esse monitoramento”.

 

“A gente espera que o STF seja o guardião da Constituição Brasileira e prime pelo princípio da liberdade de expressão e da liberdade de imprensa“, afirmou a presidente da FENAJ.

De acordo com Maria José Braga, é comum para governos, instituições e partidos políticos o acompanhamento do noticiário produzido com o intuito de analisar a repercussão das ações de governo. No entanto, ela destacou que o monitoramento de caráter classificatório fere o princípio de liberdade de expressão.

“Esta classificação e as indicações que a empresa faz de como tratar profissionais a partir desta classificação ferem os princípios da administração pública e ferem o princípio constitucional da liberdade de expressão e de informação jornalística”, acrescentou.

A presidente da FENAJ afirmou também que o monitoramento do governo brasileiro sobre os jornalistas “de alguma forma” representa “uma ameaça à liberdade de imprensa e expressão”.

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