Negociação do SJSP garante equipamentos de segurança aos jornalistas

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No dia 16 de abril, em reunião do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo com o sindicato patronal de Jornais e Revistas da capital foram definidas medidas para proteger os jornalistas de episódios de violência no exercício da profissão. Entre as definições estão equipamentos para coberturas de risco e treinamentos. Acompanhe, também, o protesto do Sindicato da Bahia contra a condenação de um jornalista que denunciou crimes ambientais, a ação do Sindicato do DF contra o deputado Jair Bolsonaro, que ofendeu uma jornalista, e sobre as eleições sindicais dos jornalistas de Minas Gerais e do Pará.

Ficou definido que as empresas disponibilizarão equipamentos básicos de segurança para coberturas com risco à integridade física dos profissionais, como óculos de proteção, capacete de segurança e máscara contra gás lacrimogêneo, mas a utilização desses equipamentos será de uso facultativo pelos jornalistas.

Outra definição foi quanto à realização de treinamentos específicos para a cobertura jornalística de eventos de risco. Os prepostos do sindicato patronal esclareceram que ainda em maio será realizado um primeiro encontro com os representantes do INSI (International News Safety Institute – entidade internacional especializada em segurança na cobertura jornalística), responsável pelo treinamento.

Além disso, as empresas estão avaliando pedido do SJSP de incluir na lista equipamentos especiais, como capacete balístico e colete à prova de balas, para profissionais que realizarem cobertura de conflitos armados.

No encontro, os representantes do SJSP informaram que foi encaminhado ofício ao Comando da Polícia Militar de São Paulo comunicando a decisão tomada pelos jornalistas de recusar o uso de qualquer identificação ou coletes distribuídos pelos órgãos de segurança e solicitando que seja indicado um interlocutor da PM para tratar especificamente desse assuntos com o Sindicato.

Os representantes dos dois sindicatos voltarão a se reunir no dia 7 de maio.

Sindicato protesta contra condenação de jornalistas que denunciaram crimes ambientais
O Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) emitiu, no dia 25 de abril, nota de protesto contra a condenação do jornalista Aguirre Talento em primeira instância, num dos processos que quatro empresários do setor imobiliario movem contra jornalistas de Salvador devido a reportagens que denunciavam crimes ambientais, publicadas no Jornal A Tarde. No processo 0053404-65.2011.8.05.0001, o juiz da 15ª Vara Criminal – Salvador acatou as acusações de calúnia, injúria e difamação contra Aguirre Talento,determinando a pena base em seis meses e seis dias em regime aberto, revertida para prestação de serviços à comunidade, e pagamento de 10 salários mínimos para reparação dos danos causados pela infração, nos termos do art. 387, IV do CPP.

Recurso contra tal decisão já foi impetrado no Tribunal de Justiça da Bahia. O Sindicato dos Jornalistas da Bahia apela às entidades do estado e do país que lutam pela democracia “para que abracem esta causa, protegendo jornalistas que cumpriram seu dever de informar à sociedade, utilizando de ética e com base em fontes confiáveis como o Ministério Público Federal para produção de seus textos”.

Sindicato do DF pede punição a Bolsonaro por agressões contra jornalista
O Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal ingressou, no dia 16 de abril, com representação na Câmara dos Deputados contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), pelas agressões do parlamentar à jornalista Manuela Borges, da Rede TV, durante entrevista no início do mês. A iniciativa foi em parceria com o deputado Amauri Teixeira (PT-BA) e contou com o apoio do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ. O documento solicita que Bolsonaro seja investigado e julgado pelo Conselho de Ética da Câmara.

No dia 2 de abril, após a jornalista fazer uma pergunta sobre o golpe de 1964, Bolsonaro reagiu agressivamente, xingando-a de idiota. E disparou: “Você é uma analfabeta! Não atrapalhe seus colegas, você está censurada!”. O Sindicato dos Jornalistas do DF sustenta que tal conduta fere o Regimento Interno e o Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados. O destempero do parlamentar foi registrado em vídeo. Confira .

Eleições sindicais mobilizam jornalistas em Minas Gerais e no Pará
O Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais realizou, de 14 a 16 de abril, eleição para renovação de sua direção para o triênio 2014-2017. Com a participação de 401 jornalistas, o pleito teve como vencedora a chapa 2, “Movimento Pra Sacudir”, presidida por Kerison Lopes, com 235 votos (58,6%), contra 158 (39,4%) dados à chapa 1, Oposição Sindical – Independência, Renovação e Luta.

No Sindicato dos Jornalistas do Pará as eleições serão no dia 11 de junho. Participam da disputa a Chapa 1 – “Sou Mais Sinjor: Jornalistas, é hora de somar!”, presidida por Roberta Vilanova, e a Chapa 2 – “Mudança Já! Sindicato é para lutar!”, presidida por Helena Palmquist.