A presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Samira de Castro, participou nesta sexta-feira (30/06), da palestra “Jornalismo Sob Ataque – Onde procurar ajuda”, no segundo dia do 18° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), na Faculdade ESPM, em São Paulo.
Samira de Castro falou sobre a coalização que reúne 11 organizações da sociedade civil, entre elas a FENAJ e a Abraji, com o objetivo de garantir a defesa da liberdade de imprensa de maneira coletiva e melhorar a situação da proteção aos jornalistas no país.
Destacou, entre as ações, o monitoramento da violência contra jornalistas no período das eleições de 2022, motivadas pelo crescente número de casos de agressões à categoria, em função da polarização política no país e da institucionalização dos discursos de descredibilização do Jornalismo por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A presidenta da FENAJ disse, ainda, que os jornalistas precisam exigir das empresas de comunicação mecanismos de segurança nas coberturas de risco. Mencionou a cobrança da Federação por um protocolo nacional de segurança que envolva empregadores, entidades dos trabalhadores e o Estado brasileiro. Para ela, nenhuma apuração vale a vida de um jornalista.
“A gente não pode naturalizar a ideia de que jornalismo é uma profissão de risco. Não é. A liberdade de imprensa é uma garantia do nosso trabalho, e a gente não pode ser intimidado, hostilizado e perseguido” disse Samira de Castro.
Na roda de conversa também participaram a advogada do Instituto Tornavoz, Charlene Nagae; o coordenador da área de jornalismo e liberdade de expressão do Instituto Vladimir Herzog, Giuliano Galli; o coordenador de projetos na Repórteres sem Fronteiras, Daniel Giovanaz; e Raísa Ortiz, representante da Artigo 19.
Com informações da Abraji