Repórter fotográfico é agredido por empresário em Joinville

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No dia 2 de março, quando uma equipe do semanário Gazeta de Joinville apurava denúncias de uma dona de casa que teve seu veículo danificado pela empresa Guincho Truck Auto Socorro, o repórter fotográfico Paulo Caetano foi espancado com socos e pontapés pelo proprietário da empresa, Sidney Martins Carlos. A FENAJ cobrou das autoridades imediata apuração do fato e punição do agressor. Acompanhe, também, o repúdio do Sindicato dos Jornalistas de MS à agressão de um vereador contra uma jornalista e a exoneração dos PMs que tentaram obrigar um jornalista a revelar suas fontes em Pernambuco.

Paulo Caetano teve escoriações no braço e cabeça, vestes rasgadas e seu equipamento de trabalho quebrado pela ação criminosa do empresário. Não obstante o ato convarde, ao fugir do local o agressor ainda jogou seu carro contra o repórter fotográfico, atentando contra a vida do profissional. 

A Guincho Truck é responsável pela remoção dos veículos apreendidos pela Companhia de Desenvolvimento e Urbanização de Joinville (Conurb), mas a Companhia, através de sua assessoria, limitou-se a desaprovar a agressão, caracterizá-la como caso de polícia e comunicar que seria analisado se houve a quebra de alguma cláusula do contrato firmado com a empresa. 

Comunicado da agressão, o diretor do Departamento de Relações Institucionais da FENAJ, Sergio Murillo de Andrade, condenou a covarde agressão ao fotógrafo, cobrou atenção especial das autoridades policiais quanto a este atentado à liberdade de imprensa e a punição exemplar do agressor. Acionada, a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da OAB Joinville também está apurando o caso.

Sindicato do MS repudia agressão verbal de vereador contra jornalista
A Diretoria e a Comissão de Ética do Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso do Sul (SindJor-MS) repudiaram, dia 1º de março, a atitude do vereador e radialista Edicarlos Lourenço, filiado ao PR, que agrediu verbalmente, de forma caluniosa, a jornalista Débora Louise Gardin, com declarações de caráter homofóbico. Para tanto, o radialista utilizou do subterfúgio de emitir seus impropérios em uma rádio localizada no Paraguai, onde as leis brasileiras que tratam dos crimes contra a honra não possuem abrangência, deixando impotentes as autoridades do país. 

“O sindicato é fervoroso defensor da liberdade de expressão como valor sagrado e basilar para a democracia. Sua história como protagonista de movimentos pela democratização da comunicação comprova essa inapelável posição. No entanto, ao mesmo tempo, o SindJor-MS zela pela ética no exercício da comunicação social por compreendê-la como uma poderosa atividade capaz de transformar positiva ou negativamente bairros, cidades, estados, países e o planeta, além das pessoas”, registra a entidade, que evocou a Convenção Interamericana dos Direitos Humanos, da qual Brasil e Paraguai são signatários, para condenar a agressão. 

Governador de PE exonera PMs que tentaram obrigar jornalista a revelar fonte 
Em rápida resposta, após reações do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco e do Jornal do Commercio, o governador do estado, Eduardo Campos, exonerou, no dia 4 de março, dois coronéis da Corregedoria da Secretaria de Defesa Social que intimaram o repórter João Valadares a revelar as fontes de uma matéria sobre o sucateamento do Corpo de Bombeiros do estado. Em nota oficial, o governador considerou a condução dada ao inquérito “incompatível com o espírito de transparência que preside toda a ação do governo”.