Sindicato protesta contra desmonte da Rádio e TV Cultura

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prot_desm_radio_tv_cultura_2Diretores do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo participaram na segunda-feira (16) de manifestação contra o desmonte da Rádio e TV Cultura que está sendo realizada pelo governo do Estado de São Paulo. O ato aconteceu durante a escolha do novo presidente do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta, gestora das emissoras. Acompanhe, ainda, informações sobre campanhas salariais dos Jornalistas no Rio de Janeiro e Ceará.

As diretoras Cândida Vieira e Márcia Quintanilha, além de Telé Cardim e Evany Sessa, representaram o Sindicato na manifestação – um dos organizadores do movimento, que contou com a participação de entidades como o Sindicato dos Radialistas de São Paulo, Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores de Comunicação (Altercom), Centros de Estudos de Mídia Barão de Itararé, Central Única dos Trabalhadores (CUT), entre outros. O presidente da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Simão Pedro (PT), também esteve presente.

O protesto denunciou o processo de desmonte das emissoras, que no último ano já demitiu mais de 200 funcionários e extinguiu programas de qualidade. Os manifestantes criticam ainda a parceria com o Grupo Folha, que transmite o programa “TV Folha”, aos domingos à noite, na TV Cultura, desconfigurando o caráter público da emissora. Os manifestantes utilizaram bóias de borracha para mostrar que a “TV Cultura não pode afundar”, disse a diretora Márcia Quintanilha.

Negociações no Rio e Ceará prosseguem indefinidas
Jornalistas de TV, rádio, jornais e revistas do Município do Rio de Janeiro têm assembléia marcada para o dia 3 de maio, às 20 horas, no Sindicato dos Jornalistas (Rua Evaristo da Veiga 16/17, Cinelândia), quando definirão os rumos de sua campanha salarial. Na última rodada de negociações as empresas ofereceram um índice de reajuste salarial que sequer repõe as perdas com a inflação. Outro impasse é quanto à cláusula de segurança. Os empresários recusam a obrigatoriedade de fornecerem colete à prova de balas e carro blindado para equipes de reportagem durante cobertura em áreas de risco.

Já no Ceará, na 6ª rodada de negociações, ocorrida na manhã do dia 18 de abril, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), o representante patronal apresentou proposta de reajuste linear de 8,20%, retirando uma cláusula já aprovada, a de Gratificação por Qualificação, acordada em negociação anterior. “Os patrões condicionam um ganho real decente à retirada de uma cláusula que já havia sido acordada com as empresas na presença do mediador”, afirma o diretor executivo do Sindjorce, Evilázio Bezerra. Desta forma, as emissoras oferecem reajuste salarial com ganho real (acima da inflação) de 2% para pisos, demais salários e cláusulas econômicas. Mas, voltaram atrás no atendimento à reivindicação de 5% de gratificação para profissionais com cursos de qualificação com carga horária mínima de 180 horas por ano.


Fontes: sites do SJSP, SJMRJ e Sindjorce