Sindicatos intensificam ações por melhores salários e condições de trabalho

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Em diversos estados do paí­s os sindicatos de jornalistas estão em processo de campanha salarial. Num esforço de busca de acordos coletivos, os representantes da categoria prosseguem num persistente movimento de negociação que assegure salários e condições de trabalho mais dignos aos profissionais, apesar da relutância dos patrões. Veja, a seguir, como anda esta luta em alguns estados.

Em Minas, negociações com empresas de Rádio e TV avançam
O SJPMG realiza nesta terça-feira (03/05), às 20h, assembléia geral com os profissionais de Rádio e TV. Estará em pauta a nova proposta das empresas, que mantiveram os 5% de reajuste sobre os salários de março de 2005 e aumentaram o piso salarial (R$ 1.000,00 para TV e R$ 930,00 para Rádio) e o abono unificado em R$ 800,00 para todos os jornalistas. Caso a categoria rejeite a proposta, o Sindicato poderá entrar com Dissí­dio Coletivo na Justiça do Trabalho mineira no dia 4 de maio.

Já quanto aos segmentos de jornais e revistas, assessorias de comunicação e jornais do interior, até o momento não houve qualquer manifestação do patronato sobre as reivindicações dos trabalhadores. O SJPMG já solicitou a mediação da DRT, que deverá convocar uma reunião para os próximos dias.

Sindicatos do sul buscam unificação das campanhas salariais
Nos dias 6 e 7 de maio, diretores dos Sindicatos de Jornalistas do RS, PR e SC estarão reunidos em Florianópolis, num seminário visando a unificação das campanhas salariais dos três Estados do Sul. Para isso, estarão presentes as assessorias jurí­dicas e econômicas das entidades. Avaliação das campanhas salariais do ano passado, dos cenários colocados para a Campanha de 2005 e definição de estratégias de ação conjunta serão os temas em pauta.

Jornalistas de SP aprovam proposta mediadora do TRT
A proposta feita pelo TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho), concedendo 7,39% de reajuste e abono de 35% para o segmento de rádio e TV foi aprovada por ampla maioria dos jornalistas nas votações realizadas em várias redações da Capital e do Interior do Estado de São Paulo.
O SJSP já comunicou a posição ao TRT. Resta agora aguardar o posicionamento das empresas, que têm até o dia 4 de maio para dizer se aceitam a proposta. Se a resposta patronal for positiva, o acordo será assinado na primeira quinzena de maio. Caso contrário as negociações serão encerradas e o Tribunal encaminhará o processo de julgamento do Dissí­dio Coletivo.

Negociações no Espí­rito Santo devem começar nesta semana
A expectativa da diretoria do Sindijornalistas é que a partir desta segunda-feira (02/05) seja agendada a primeira reunião de negociações da Campanha Salarial 2005 com o sindicato patronal, que confirmou, por meio de ofí­cio, a data-base da categoria em primeiro de maio.
Após as negociações, o Sindijornalistas vai promover assembléias nas redações, com distribuição do material de campanha. Com o mote “Mí­nimo de 1.200 para jornada de cinco 5 horas”, o Sindicato produziu cartazes, flyers e camisetas, que serão sorteadas nas assembléias. Além do piso de R$ 1,2 mil, o Sindijornalistas reivindica reajuste integral da inflação acumulada entre maio/2004 a abril/2005 e ganho real, entre outros itens.

No Pará categoria aguarda nova proposta das empresas
Após nova rodada de negociações na Delegacia Regional do Trabalho, realizada dia 29 de abril, o Sinjor-PA espera evolução das conversações com os empresários para esta semana. O segmento de Rádio e TV, bem como o jornal Diário do Pará sinalizaram a disposição de reposição das perdas salariais (aproximadamente 7%) em 3 parcelas e recusam-se a discutir cláusulas sociais, sustentados em sentença do TRT que concedeu algumas delas com validade até 2006.

“Esta proposta é muito rebaixada e a categoria não aceitará sem que discutamos o aumento real de 5% que reivindicamos, a definição de um piso salarial, que atualmente não temos, e se não houver avanço em cláusulas sociais, por isso esperamos que eles apresentem proposta mais consistente”, revela a presidente do Sinjor/PA, Carmen Silva. Segundo ela, até o dia 6 de maio os representantes patronais devem apresentar uma contra-proposta.

Já os representantes das Organizações Romulo Maiorana (ORM) pediram um prazo até esta terça-feira (03/05) para se posicionarem. O Sindicato deverá convocar assembléia da categoria na próxima semana para análise da Campanha Salarial 2005.
Caso não haja um acordo, nova rodada de negociações na DRT/PA já está agendada para o dia 16 de maio.