O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba) elaborou um documento no qual destaca a importância da inclusão dos jornalistas entre os grupos prioritários de vacinação contra Covid-19. Dividido em quatro tópicos, o material pode ser utilizado pelos demais Sindicatos da categoria para reforçar a ação sindical junto aos governos estaduais e às prefeituras municipais.
Na apresentação, por exemplo, o documento destaca que, “em dezembro de 2020, após mais de nove meses de pandemia do novo coronavírus, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) contabilizou a perda de 79 profissionais em decorrência da Covid-19, uma média de 8,3 mortes por mês”.
De janeiro a abril de 2021, em quatro meses, os números explodiram, com o registro de 124 óbitos, com média de 31 mortes por mês, ou seja, uma vida perdida por dia.
Um outro número, divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), chama muito a atenção e comprova que as mortes no setor de comunicação são maiores do que aparecem. No 1º trimestre/2020 foram registrados 194 desligamentos por morte de profissionais no setor. Quando olhamos para os números do 1º trimestre/2021, as mortes saltaram para 435, um crescimento de 124,2%.
Estes números estão no Boletim Emprego em Pauta, edição 18, de maio/2021. Para construir a publicação a organização compila números do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), divulgados pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia do Ministério da Economia (SEPRT-ME).
Além dos números alarmantes, a justificativa para o pleito de vacinação da categoria envolve a essencialidade dos serviços de comunicação, desde o primeiro decreto federal sobre o tema (Decreto Federal 10.288/2020). Jornalistas e radialistas não pararam seu trabalho, sem tréguas nem descanso, durante toda a pandemia.