Unimep promove demissão em massa de professores

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foto_unimep2O reitor da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), Davi Ferreira Barros, demitiu sem justa causa, no dia 7 de dezembro, 120 professores. Estudantes e docentes ocuparam o prédio da instituição, que está com as atividades acadêmicas paralisadas. A Associação dos Docentes da universidade (Adunimep) pediu a mediação do Ministério Público do Trabalho para a superação do impasse. A FENAJ e o FNPJ se manifestaram, protestando pelo ato e solidarizando-se com os demitidos.

Alegando dificuldades financeiras, o reitor Davi Ferreira Barros, que também é diretor do Instituto Educacional Piracicabano (IEF), que mantém a universidade, baixou a Portaria 165/06. Os professores receberam o comunicado da demissão via intranet. Com isso, ficaram impedidos de exercer qualquer atividade acadêmica a partir do dia 7. O término das aulas estava previsto para o dia 17 de dezembro.

Suzana Amyuni, assessora de imprensa da Adunimep, informou que os advogados da entidade já solicitaram a mediação do Ministério Público do Trabalho. Pela urgência da situação, a expectativa é que isto ocorra ainda nesta segunda-feira (11/12), quando os professores fazem assembléia à noite, ou no dia seguinte. Segundo ela, “a atitude do reitor desrespeita o estatuto e o Regimento da universidade”.

Perplexidade e revolta dominam o ambiente na universidade. Docentes e estudantes – que ficaram sem atribuição dos conceitos nas disciplinas – acamparam no Campus Taquaral. Eles fecharam, nesta segunda-feira, os principais acessos aos prédios, empilhando carteiras e móveis.

Entre os demitidos estão o atual coordenador do curso de jornalismo, professor Dennis de Oliveira; o coordenador eleito, professor Paulo Roberto Botão, e o Vice-presidente da Intercom, o professor Adolpho Queiroz.

FNPJ e FENAJ apóiam professores
O Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ) protestou contra a atitude do reitor e estuda a possibilidade de não mais realizar o encontro de professores paulistas do próximo ano na Unimep. A entidade exortou os professores de outras instituições superiores de ensino a promoverem um repúdio coletivo. Já a FENAJ se solidariza com os professores, classifica a atitude do reitor como arbitrária e pede a imediata reintegração dos demitidos.