Incertezas marcam fim de ano em emissoras públicas

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O cenário para os profissionais de emissoras públicas vinculadas a governos estaduais é de incertezas nesta virada de ano. Além das constantes dificuldades em seu financiamento, a continuidade ou mudança de governos provoca impactos diretos nessas emissoras. No Amazonas, funcionários comemoram sua readmissão por força de liminar judicial, mas enfrentam resistências por parte da direção da Funtec. Na TV Cultura de São Paulo a política da atual direção é de emissões e desmonte da emissora. Já no Rio Grande do Sul a expectativa é de mudanças positivas com o governo que assume a partir de 1º de janeiro.

Demitidos no primeiro semestre deste ano e readmitidos recentemente por força de uma liminar, funcionários da TV Cultura do Amazonas realizaram, no dia 11 de dezembro, uma festa de confraternização de fim de ano. A vitória, no entanto, é parcial, pois a direção da Fundação Televisão e Rádio Cultura do Estado do Amazonas (Funtec-AM) prossegue com medidas protelatórias para a efetiva readmissão do pessoal, inclusive quanto à garantia de direitos básicos.

Na Fundação Padre Anchieta (TV Cultura de São Paulo) pesa sobre os funcionários a ameaça de demissões e desmonte da emissora. Em reunião da Comissão de Cultura, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de São Paulo, realizada dia 13 de dezembro, o presidente da Fundação, João Sayad, reiterou o interesse em não mais continuar a realizar a produção da TV Assembleia e também efetuar cortes de funcionários da TV Cultura.

No Rio Grande do Sul é grande a expectativa dos funcionários da Fundação Piratini – que congrega a TVE e a Rádio FM Cultura – de que a mudança de governo traga, também, novas perspectivas para as emissoras públicas. O jornalista Pedro Osório, professor da Unisinos, secretário executivo do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e diretor do Sindicato dos Jornalistas do RS foi anunciado como presidente da Fundação no governo que se inicia em janeiro.