O Sindicato dos Jornalistas do Paraná repudiou a agressão sofrida no dia 22 de setembro pelo repórter Juliano Augusto Bortolon, jornalista da Catve, em pleno exercício de sua profissão. Ele foi atingido com um soco desferido pelo presidente da Federação e do Sindicato dos Trabalhadores em Cooperativas Agrícolas de Palotina e Região, Mauri Viana.“Além de repudiar veementemente mais uma agressão, também cobramos das autoridades competentes uma apuração do caso. Qualquer ato de violência, seja ela física ou verbal, é uma atitude que merece repúdio não somente da entidade de representação de classe, mas de toda a sociedade”, disse o diretor de Comunicação do SindijorPR, Julio Cesar Carignano.
O caso
Juliano cobria uma pauta sobre o cotidiano dos estrangeiros muçulmanos que trabalham no frigorífico de aves na cidade de Marechal Cândido Rondon.“Para cumprir meu trabalho, fui cedo para gravar a chegada dos trabalhadores às 5h20. Lá, me deparei com a Assembleia do Sintrascoopa, mas não fiz nenhuma imagem da eleição que realizavam, fiquei de costas”, contou.
Conforme relatou, enquanto exercia seu trabalho, Mauri Viana, presidente do sindicato e ex-candidato a senador, se aproximou e deferiu um soco, primeiramente, contra a câmera e, em seguida, contra o jornalista. “Ele também xingou muito, dizia que eu estava ali a mando da cooperativa, mas uma coisa não tem nada a ver com a outra. Ele não sabia que estava agredindo um jornalista, outro cara que me identificou e avisou”, explica.
Outros trabalhadores e profissionais do setor administrativo da cooperativa também foram agredidos. Os acusados foram embora antes da chegada da polícia militar. O circuito de câmeras do frigorífico gravou o momento da agressão do profissional de jornalismo e dos demais trabalhadores.
Juliano entrará com ação contra Mauri Viana e contra o Sintrascoopa.