Sindicato dos Jornalistas faz ato na Folha de São Paulo para reivindicar recomposição salarial

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Após quatro meses de negociações, o sindicato patronal dos Jornais e Revistas da Capital segue irredutível em sua proposta de reajuste abaixo da inflação do período. Por esse motivo, o SJSP realizou nesta quinta-feira (30) um ato na porta do jornal Folha de São Paulo. A escolha do prédio se deu pois o presidente do Sindicato Patronal é da empresa e está trabalhando no local.

Entenda

Os patrões de jornais e revistas da capital continuam a demonstrar intransigência e pouca disposição ao diálogo nas negociações da campanha salarial 2021/2022. Em reunião realizada em 20 de agosto, as empresas apresentaram um reajuste de 4,45% para salários até R$ 10 mil; para salários acima desse valor, haveria uma recomposição fixa de R$ 445. O índice de 4,45% corresponde à metade da inflação oficial calculada pelo INPC entre junho de 2020 a maio de 2021.

Além disso, o sindicato patronal quer retirar a multa da PLR da convenção coletiva (atualmente, redações que não têm um programa de PLR são obrigadas a pagar multa de R$ 791,90 aos funcionários). Para as demais cláusulas econômicas, como auxílio-creche e vale-refeição, a proposta de reajuste segue os 4,45%.

Não houve avanço na reivindicação de que jornalistas gestantes e adotantes tenham direito a seis meses de licença-maternidade (para os jornalistas, a licença-paternidade ficaria em 20 dias). A cláusula que discute o home office — com o controle de jornada e recebimento de R$ 250 reais mensais a título de reembolso das despesas — também não foi abordada pelas empresas.